Artigo Sociologia
Em um trecho o livro trata das evidências tenazes (evidências ideológicas de tipo empirista) do ponto de vista da produção, isto é, do 'ponto de vista da simples prática produtiva (ela própria abstrata em relação ao processo de produção), estão de tal maneira embutidas na nossa, consciência quotidiana, que é extremamente difícil, para não dizer quase impossível, elevarmo-nos ao ponto de vista da reprodução.
Se considerarmos que toda a formação social releva de um modo de produção dominante, podemos dizer que o processo de produção põe em movimento forças produtivas existentes em relações de produção definidas.
O livro trás a seguinte discussão “Não há produção possível sem que seja assegurada a reprodução das condições materiais da produção: a reprodução dos meios de produção. Qualquer economista, que neste ponto não se distingue de qualquer capitalista, sabe que, ano após ano, é preciso prever o que deve ser substituído, o que se gasta ou se usa na produção: matéria-prima, instalações fixas (edifícios), instrumentos de produção (máquinas), etc”.
Segundo o livro é preciso seguir o processo global de Marx, e estudar principalmente as relações de circulação do capital entre o Sector l (produção dos meios de produção) e o Sector II (produção dos meios de consumo) e a realização da mais valia, nos Livros II e III do Capital.
Se a observação do que se passa na empresa, em 'particular o exame da prática financeira, das previsões de amortização investimento, nos pôde dar uma ideia aproximada da existência do processo material da reprodução, entramos agora num domínio sobre o qual a observação do que se passa na empresa é se não totalmente, pelo menos quase inteiramente cega, e por uma razão de peso: a reprodução da força