Artigo publicitario
Glauco Rodrigues Cortez
Resumo:
O artigo analisa o deslocamento do conflito entre capital e trabalho para um espaço impreciso criado pelos novos movimentos sociais. Centrando a discussão no movimento ambientalista, procura mostrar a importância da comunicação nesses conflitos .
Palavras-chave:
ambiental ismo, comunicação, modernidade, sindicalismo,ONG, fragmentação, conflito, sujeito.
A degradação ambiental do Brasil (e também do Planeta) se apresenta, dentro do projeto econômico em curso,como algo irreversível. A destruição perpassa cidade e campo, elevando índices de poluição automotiva, contaminando lençóis de água, produzindo alimentos modificados geneticamente, usando indiscriminadamente agrotóxicos (inclusive produtos proibidos pelo governo), descontrolando o processo de expansão agro-industrial e de pecuária, desmatando, queimando, pescando e caçando predatoriamente, etc. Por mais que os movimentos ambientais atuem, de forma incisiva, em questões pontuais ou não, eles ainda não conseguiram fazer com que a sociedade brasileira assuma tais questões como prioridade.
Nesse sentido, a pesquisa pode dar um entendimento maior sobre a atuação desses movimentos, que se apresentam como as possíveis forças de combate à destruição do meio ambiente e à deterioração da qualidade de vida.
A luta da população por melhores condições de vida no mundo tem sofrido grandes transformações desde a década de 60. Partidos políticos tradicionais e sindicatos ainda representam a via privilegiada da discussão política; no entanto, novas formas de atuação como ONGs
(Organizações Não Governamentais), institutos,associações, comunidades de bairro e movimentos dos sem-terra constituem um novo campo de conflito e de diálogo com o governo e com a sociedade. Para Touraine(1994), Habermas (1981) e Offe (1985), essas transformações surgem com a revisão do projeto de modernidade, Touraine diz que continuamos a chamar de modernidade o