Artigo Perspectivas
MAIORIDADE1
Sheila M. F. Mendonça de Souza
Fiocruz e UNESA
Maria Dulce Gaspar
Museu Nacional - UFRJ
INTRODUÇÃO
A SAB é uma jovem sociedade às vésperas de sua maioridade. Já teve, é claro, inúmeras crises. Apesar disso, já cumpriu importante papel, dado que nasceu e cresceu nas duas últimas décadas, período em que a Arqueologia constituiu-se enquanto campo profissional específico e bem definido a partir de um conjunto de eventos que vão desde a abertura de um curso de graduação em arqueologia, até o expressivo crescimento dos contratos, fora dos domínios estritamente acadêmicos.
Sem vocação para ser uma Sociedade dos Poetas Mortos, a SAB parece pronta a aceitar o desafio de crescer e acompanhar o seu momento, seguindo os bons exemplos de congêneres como a SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a ABA Associação Brasileira de Antropologia, sociedades profissionais indiscutivelmente comprometidas com a modernidade e o desafio profissional do crescimento de seus dinâmicos campos de atuação.
Para que isto se dê a Sociedade precisa de Títulos, mas, sobretudo, de Pessoas.
Um claro projeto que faça sentido, personalidade, alma, vontade e liberdade. No momento em que o reconhecimento da profissão parece trazer mais uma importante mudança à arqueologia brasileira, a SAB, aceitando consciente a perspectiva de maioridade, investe para um resgate de força e credibilidade a fim de preparar-se para ocupar lugar e papel institucional que lhe cabem.
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Artigo publicado nos Anais do IX Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira. Rio de Janeiro, agosto de 2000, CD-ROM.
Uma retrospectiva histórica ligeira, e as experiências acumuladas com a gestão da qual participamos na Sociedade de Arqueologia Brasileira, podem ser úteis à discussão da SAB e suas perspectivas futuras, num tempo de novas éticas e muitas arqueologias.
LEMBRANDO UM POUCO DA HISTÓRIA DA SAB
A idéia de criar uma Sociedade de