RESENHA/ ARTIGO: “POLÍTICA EDUCACIONAL BRASI- LEIRA: LIMITES E PERSPECTIVAS”
LEIRA: LIMITES E PERSPECTIVAS”
Autor: Dermeval Saviani (Professor Emérito da Universidade Estadual de Campinas e Coordenador Geral do HISTEDRB)
É fato que a política educacional brasileira iniciou-se através das “boas intenções” dos padres jesuítas que aqui chegaram, por volta de 1.500. Porém, podemos perceber, analisando a história, que foram inúmeros os documentos de políticas educacionais que vigoraram no Brasil e, já expresso nos mesmos, o descaso explícito com a educação, por parte das elites dirigentes, ao passar dos anos, conforme cita Dermeval Saviani , professor Emérito da Universidade Estadual de Campinas, em artigo escrito e editado na Revista de Educação PUC-Campinas.
Desde os primeiros documentos de políticas educacionais no país; dos “Regimentos” (1548) a atual “Constituição” (1988), podemos notar, apesar dos esforços e da consciência de muitos referente à questão, que os recursos financeiros investidos em educação sempre foram insuficientes, gerando um grande acúmulo nacional em matéria de educação.
Na prática, estudando a história da educação, podemos afirmar que, nunca houve a importância devida por parte dos nossos governos em relação à questão da educação. O investimento nesse setor, quase sempre foi irrisório em relação a outros setores, ocasionando uma estagnação no ensino durante anos.
Não à toa, o recente relatório (2014) divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aponta que o Brasil ainda aparece em 8° lugar entre os países com maior número de analfabetos adultos. Ao todo, o estudo avaliou a situação de 150 países.
É injusto, porém, afirmar que não houve mudanças positivas à educação durante todos esses anos. Avançamos muito à vista dos escassos investimentos. Entre os avanços, podem ser destacados: a educação básica obrigatória e gratuita; o atendimento por meio de programas suplementares de material didático, transporte, assistência