Artigo Declara O De Salamanca
Augusto César Ferreira
A educação inclusiva é um assunto muito debatido por aqueles que transitam no sistema educacional. Será que nosso sistema está preparado para receber todo o alunado, independente de sua condição física, psíquica, econômica, social? A resposta a esta pergunta não é simples de responder, principalmente quando desconhecemos a origem do assunto.
Assim, se o assunto é educação inclusiva, devemos conhecer as conferências mundiais que trataram do assunto e entender a evolução do tema ao longo dos anos e seu contexto mundial.
Antes desta feita, porém, vale entendermos que a educação especial em todo o mundo passou por diversos momentos. Segundo Santos (2000), o primeiro momento caracteriza-se pela segregação e exclusão, aqui “a ‘clientela’ é simplesmente ignorada, evitada, abandonada ou encarcerada – e muitas vezes assassinada” (p.34).
No segundo momento esta “clientela”, agora chamada de “excepcionais” passa ser percebida como possuidora de certas capacidades e continua excluída, sendo encaminhada para asilos e abrigos, de onde provavelmente nunca sairão.
Apenas no terceiro momento há reconhecimento do valor humanos destas pessoas e, por conseguinte, o reconhecimento de direitos. Isso acontece a partir da década de 1960.
Neste momento, segundo Santos (2000), a luta pelos Direitos Humanos se fortalece e fatores como o crescimento dos movimentos das minorias, o avanço científico, o questionamento consistente das práticas discriminatórias e o avanço tecnológico (telecomunicações), contribuem para uma modificação nos sistemas educacionais, gerando consequências na educação especial. O que se seguem são as conferências mundiais voltadas para a educação.
Desta forma, este artigo busca trazer algumas reflexões acerca do tema educação inclusiva e sua relação com a Declaração de Salamanca. Esta Declaração é o documento elaborado durante a Conferência Mundial em Educação Especial e “promoveu