artigo de estágio
Para Ratzel, a força do Estado estava intimamente ligada ao espaço - na sua forma, extensão, relevo, clima e disponibilidade de recursos naturais -, à sua posição - relações sociais estabelecidas entre o Estado e o seu meio circulante no âmbito nacional e internacional - e, por último, ao sentido (ou espírito) do povo, que representava a força desse determinado povo em relação a outro. Essas idéias, entendidas de maneira simplista e distorcida, ficariam conhecidas como "determinismo geográfico". (O determinismo geográfico, no entanto, ocorre quando se dá aos elementos naturais o papel de única causa na definição de aspectos constitutivos das sociedades.)
O pensamento de Ratzel, influenciado por experiências pessoais - nascidas de uma viagem que realizou aos Estados Unidos e de sua participação na Guerra Franco-Prussiana -, bem como por influências intelectuais, oriundas das idéias evolucionistas de Darwin e do positivismo de Comte, refletia sobre a necessidade do "espaço vital", já que o Estado, considerado como um organismo vivo, estava submetido às mesmas leis implacáveis da sobrevivência e da evolução.
Já o termo Geopolítica foi usado, a primeira vez, pelo geógrafo suíço Rudolph Kjéllen, em 1905, num artigo denominado "As grandes potências". Em 1916, ele reafirmaria as bases da Geopolítica em seu livro O Estado como forma de vida, no qual sua preocupação fundamental é a de estudar o Estado enquanto organismo geográfico. Como suas teses eram inspiradas nas idéias de Ratzel, Kjéllen se preocupou em estabelecer as diferenças entre as duas formas de conhecimento.
Essas diferenças estariam baseadas, principalmente, na forma de abordagem. A Geografia Política deveria ser compreendida como um conjunto sistemático de estudos restritos às relações entre o