Artigo Cidadania e saúde mental
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo apresentar a articulação entre cidadania, reforma psiquiátrica e política de saúde mental, tratando-se de uma revisão bibliográfica sobre o tema.
Atualmente, o assunto dependência química é bastante discutido na sociedade, pois trata-se de um tema de extrema importância e que ainda gera polêmica em relação à qual o melhor tratamento que deve ser designado aos usuários de álcool e outras drogas.
Durante décadas a sociedade brasileira vivenciou um grande descaso em relação aos dependentes químicos. Somente a partir de 2001, através dos avanços conquistados pelo movimento de Reforma Psiquiátrica, um novo modelo de tratamento para a dependência química baseado na reinserção social e resgate da cidadania do usuário passou a ser priorizado. Este movimento permanece até os dias atuais e, mesmo tendo muito no que se avançar em relação ao tratamento em saúde mental, o atual modelo de tratamento têm se demonstrado eficaz, respeitando as particularidades dos indivíduos e resgatando sua cidadania.
Palavras-chave: Cidadania. Saúde mental. Reforma Psiquiátrica. CAPS.
INTRODUÇÃO
O presente artigo objetiva refletir à respeito da articulação do Movimento de Reforma Psiquiátrica e da atual Política de Saúde Mental com o resgate da cidadania dos portadores de transtornos mentais. Usuários que, durante séculos, foram excluídos da sociedade e que, atualmente, busca-se encontrar um modelo de tratamento que respeite suas individualidades e resgate a sua cidadania.
Até o final de década de 1978, quando deu-se o início efetivo do Movimento de Reforma Psiquiátrica, as pessoas portadoras de transtornos mentais recebiam um tratamento completamente inadequado, baseado na exclusão e no asilamento. Esses indivíduos perdiam completamente sua cidadania, pois eram excluídos da sociedade, presos em manicômios, recebendo um tratamento totalmente desumano. Os internos viviam