Aprendizagem e Memória para as Ciências Cognitivas
Para as Ciências Cognitivas, o termo aprendizagem pode ser entendido como um sinônimo para condicionamento. Trata-se do processo através do qual o comportamento de um indivíduo - humano ou não - sofre alterações, sejam essas temporárias ou permanentes. Para o processo de estabilização efetiva do condicionamento, a presença (ou promessa de presença) de um estímulo reforçador é necessária. A literatura Comportamental apresenta dois tipos básicos de condicionamento: Clássico e Operante.
O conceito de condicionamento clássico surge em 1920, quando Ivan Petrovich Pavlov (1849 - 1936) estudava as reações de cães à exposição de estímulos alimentares. Durante os experimentos, Pavlov percebeu que a salivação (comportamento incondicionado) ocorria, em alguns casos, durante a preparação do set do experimento, antes de qualquer alimento ser apresentado. Ao perceber a capacidade dos cães em criar uma associação temporal dos procedimentos de preparação do experimento com a posterior apresentação de alimentos, Pavlov investiga essa habilidade em situações controladas. Tais experiências provaram que, após certo números de emparelhamento entre estimulo incondicionado e estimulo neutro, uma associação entre os dois estímulos é criada. E, a partir daí, a apresentação do estimulo neutro passa a suscitar o mesmo comportamento que o estimulo incondicionado suscita.
O conceito de condicionamento operante surge em 1937, criado por Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990). Este tipo de condicionamento, diferente do condicionamento respondente, não trata de emparelhamento entre estímulos neutro/discriminadores com estímulos incondicionados, trata, sim, de comportamento voluntários e de como esses comportamentos podem ser criados, modificados e até mesmo extintos através de experiências (vivências) onde suas execuções encerram algum tipo de conseqüência para com o organismo (humano ou animal). Todas essas conseqüências - ou estímulos - podem ser positivas e negativas. Os