Aposentadoria e orientação de carreira
A aposentadoria é um período que aborda conflitos que envolvem tanto sentir-se produtivo quanto desnecessário. Nessa fase, há uma ambiguidade, pois, ao mesmo tempo que é almejada, após alcançá-la, o individuo deseja reinserir-se no mercado de trabalho. Para assim, sentir-se parte do ciclo natural da vida. As principais mudanças físicas e subjetivas que ocorrem para o aposentado estão relacionadas a sentimentos de inutilidade, inferioridade, rejeição, adoecimentos físicos e psicológicos. O organismo entra em declínio, e isso acarreta em uma desvalorização proveniente da sociedade. De acordo com Ecleia Bosi (1979) “Além de ser um destino do indivíduo, a velhice é uma categoria social”. Dentre essas mudanças, pode-se destacar a saída do padrão de beleza estabelecido pela sociedade, pois o aposentado idoso já não possui a mesma aparência de quando jovem, e isso, contribui para a baixa auto-estima dele que se sente deslocado. O processo de envelhecimento ocorre de maneira mais lenta e de menor aceitação que a puberdade, pois, na adolescência, alcançar a maturidade é almejado e idealizado. Porém, na terceira idade,declina-se a vitalidade e a disposição. Dentro desse contexto social, percebe-se que o individuo sofre um rompimento com seus laços afetivos do ambiente laboral, pois, estava habituado a passar uma grande parte de seu tempo com os colegas de trabalho. Com isso, reaproxima-se de sua família, tornando-se mais dependente emocionalmente e financeiramente. Porém, depara-se com o desafio de se adequar à esse momento devido ao fato de o restante da família continuar com sua rotina. O aposentado, conclui que sua identidade é marcada por sua ocupação, e ao perder isso, sente-se deslocado. Muitas vezes, outro membro da família começa a trabalhar para poder suprir as necessidades que surgem. Diante desses conflitos, o aposentado, para sentir-se parte da sociedade, pode adaptar-se a novas formas de