Aposentadoria por invalidez
1- Pobreza, Questão Social no capitalismo concorrencial.
A expressão "questão social" começa a ser empregada maciçamente a partir da separação positivista, no pensamento conservador, entre o econômico e o social, dissociando as questões tipicamente econômicas das "questões sociais" (cf. Netto, 2001, p. 42). Assim, o "social" passa a ser visto como algo natural, separado dos fundamentos econômicos e políticos da sociedade. Se o problema social (a "questão social") não tem fundamento estrutural, sua solução também não passaria pela transformação do sistema.
A origem desta separação se deu quando a classe burguesa perde seu caráter crítico-revolucionário perante as lutas proletárias, daí surge a sua decadência ideológica. Após o surgimento da economia marxista, seria impossível ignorar a luta de classes como fato fundamental do desenvolvimento social, sempre que as relações sociais fossem estudadas a partir da economia.
Começa-se a se pensar então a "questão social", a miséria, a pobreza, e todas as suas manifestações, não como resultado da exploração econômica, mas como fenômenos autônomos e de responsabilidade individual ou coletiva dos setores por elas atingidos. A "questão social" passa a ser concebida como "questões" isoladas, e ainda como fenômenos naturais ou produzidos pelo comportamento dos sujeitos que os padecem.
A partir desse pensamento, as causas da miséria e da pobreza estariam vinculadas a pelo menos três tipos de fatores:
Primeiramente a pobreza no pensamento burguês estaria vinculado a falta de educação e isso gerava a falta de conhecimento das leis "naturais" do mercado e de como agir dentro dele. Em segundo lugar, a pobreza é vista como um problema de planejamento ou seja, as famílias não sabiam planejar o seu orçamento. Por fim, a pobreza vista como problemas de ordem moral-comportamental, malgasto de recursos, tendência ao ócio, alcoolismo, vadiagem etc.
2- Pobreza e Questão Social no