Análise microbiológica da água
As fontes de água potável estão sujeitas a contaminações por matéria fecal dos esgotos ou de outra origem, podendo provocar infecções intestinais como febre tifóide, disenteria e cólera. A identificação das bactérias patogénicas constituiria a prova mais directa de uma contaminação perigosa, mas tais organismos, quando presentes, encontram-se geralmente em tão escasso número que as dificuldades técnicas do seu isolamento tornam o ensaio impraticável como método de rotina. Assim, fazem-se pesquisas de microrganismos (ou grupos de microrganismos) denominados “indicadores” de contaminação da água por fezes humanas ou de outros animais (bactérias entéricas, bactérias coliformes, bactérias fecais).
A análise bacteriológica da água não é feita apenas a águas que se destinam ao consumo das populações, mas também a águas destinadas ao recreio (praias, rios, piscinas, etc.), à aquacultura e à rega. É igualmente importante, numa perspectiva de preservação dos ecossistemas, vigiar a qualidade das águas que não têm uma utilização especificamente humana.
O processo de rotina consta de contagens em placa para determinar o número de bactérias presentes, testes para revelar a presença de bactérias coliformes e testes para revelar a presença de estreptococos fecais. As bactérias coliformes são indicadoras de poluição fecal e incluem bastonetes Gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos que não formam esporos e fermentam lactose com produção de ácido e gás em 48 horas e a uma temperatura de 37º C, na presença de sais de bílis. Como exemplo, citam-se Escherichia coli, Enterobacter aerogenes e Klebsiella pneumoniae.
O grupo dos microrganismos denominados "coliformes totais" inclui todos os coliformes específicos e não específicos do material fecal. É um bom indicador microbiológico da qualidade da água, porque é facilmente detectável e quantificável. A ausência de coliformes totais numa água potável garante a sua pureza bacteriológica. A sua presença