Análise empírica do processo de institucionalização do sistema da capes
Autoria: Paulo César Matui, Mário Sacomano Neto, Sibelly Resch
Resumo Os programas de pós-graduação em administração fazem parte de um campo acadêmico em meio a um processo de transformação e mudanças. Tal campo é mobilizado, predominantemente, por uma fonte regulatória, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Rossoni e Guarido Filho (20095) demonstram que as características dos relacionamentos entre os PPGAs e outros atores desse campo, incluindo a CAPES, acabam por estabelecer graus de coordenação estrutural numa trajetória de legitimação de instituições. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar empiricamente o modo como a CAPES tem sido capaz de produzir transformações no campo acadêmico e qual o papel das redes sociais nos processos de transformação do campo. A estratégia metodológica adotada combinou análise de redes sociais a estudos de casos múltiplos (GUMMESSON, 2007), realizados em 3 PPGAs de IESs confessionais do Estado de São Paulo. Para tanto, realizou-se pesquisa documental para coleta de dados secundários no portal da CAPES. A análise pôde ser aprofundada através de dados primários obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas. A triangulação ocorreu entre estrutura de relacionamento em rede e regras de governança expressa nas regras objetivadas pelos casos em análise – cânones, regimentos internos e estatutos. O poder desta combinação pôde ser comprovado neste trabalho nas medidas de equivalência estrutural e conexidade (GALASKIEWICZ e BURT 1991, WASSERMAN e FAUST, 2008). Tais propriedades de redes são convergentes com o processo de imitação proposto por Burt (1987) e Galaskiewicz e Burt (1991) como sendo os modelos empíricos aderentes ao processo de isomorfismo de DiMaggio e Powell (1983). Para a análise de redes sociais foram considerados os estudos de contágio