Análise do filme 'um estranho no ninho'
Análise sociológica do filme
O filme trata da relação entre pessoas em um hospital psiquiátrico. O elenco conta com Jack Nicholson, como personagem principal (Randle Patrick McMurphy) e com Louise Fletcher (Ratched), enfermeira-chefe que conflita com o personagem de Nicholson. McMurphy é um criminoso que, para fugir da prisão, fingiu ter problemas psiquiátricos (loucura), o que o levou ao hospício gerenciado por Ratched. Em diante, os conflitos acontecem por causa das tentativas de controle e limitação impostas ao criminoso, que não é louco, mas é tratado como se fosse. O maior conflito era o controle sobre os pacientes, ou seja, a enfermeira-chefe comandava a vida deles, dava-lhes horários e rotinas. Os pacientes tinham horários para comer, tomar remédio, recreação e reuniões para discussão dos problemas; essas reuniões eram mediadas pela enfermeira que fazia as perguntas e instigava os pacientes.
Além do controle dos horários, a música ambiente era escolhida autoritariamente e não podia ser mudada, assim como a rotina. Toda essa rotina e limitação da vida, apesar de não parecer incomodar os pacientes, para uma pessoa sem problemas psiquiátricos (McMurphy) transformavam a vida em algo tedioso e monótono que era seguido sem a devida explicação, por causa do descaso com os pacientes, “já que eram todos loucos”.
O controle praticado pelas enfermeiras e pelos seguranças do hospital se dá sobre o processo de trabalho e sobre o resultado final. Isso é possível devido ao fato de o hospital psiquiátrico se propor a vigiar seus pacientes 24 por dia, dirigindo e supervisionando a todo o momento o que eles fazem. O estabelecimento se propõe a vigiar os pacientes de forma semelhante ao Panopticon proposto Bentham e o modelo de instituição de sequestro teorizada por Foucault. Dessa maneira, os pacientes, na maioria do tempo, não percebem o controle de forma visível, mas basta infringir alguma norma, que em alguns instantes surge algum elemento