Normal ou patológico análise crítica do filme um estranho no ninho
Análise crítica do filme Um Estranho no Ninho
A teoria psiquiátrica se fundamenta sobre o conceito de normal e anormal. Conceito este extremamente relativo, gerando então uma grande complicação. A questão da normalidade ou anormalidade, revela o poder que tem a ciência de a partir do diagnóstico fornecido por um especialista, formular o destino do individuo rotulado como “Louco”. Mas esse poder atribuído á ciência e aos profissionais tem sido bastante questionado na medida em que se baseia num conjunto de conhecimentos bastante polêmicos, confusos e incompletos, surge então, uma grande oposição a essas abordagens tradicionais da doença mental, que questionam os conceitos de normalidades implícitos na teoria e principalmente, nas formas de tratamento da loucura. Nessa linha nasce a antipsiquiatria, movimento que se opõe ao psicodiagnóstico e a psicoterapia que são as escolas predominantes. Este novo movimento nasceu na década de 1960 e levou o aparecimento de novas teorias sobre as causas e os tratamentos das doenças mentais. A antipsiquiatria vem contrapor todos os fatores existentes na psiquiatria e tem como intenção mudar este tratamento do louco, mudar como ele é caracterizado, como ele é visto, mudar a relação entre paciente e médico, questionando assim este “poder” que é dado ao médico. Diante da psiquiatria e antipsiquiatria existe um constante questionamento bastante complicado: Normal ou patológico?
E assim diante desse novo e interminável duelo surge então o livro “Um Estranho no Ninho” escrito por Ken Kesey em 1962, em uma época muito difícil da história norte-americana, este livro levanta diversas questões filosóficas e questionamento políticos incutidos em suas entrelinhas. Do livro para o filme, dirigido por Milos Forman e produzido por Michael Douglas e Saul Zaentz, um filme simplesmente inesquecível. Randle McMurphy (Jack Nicholson) é condenado á