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1.1) Introdução e histórico
Na antigüidade a loucura era considerada como uma manifestação divina. O ataque epiléptico , intitulado a doença sagrada, significava maus presságios quando ocorria durante os comícios. Se uma pessoa sofresse um ataque epiléptico durante a explanação de um dos oradores, tal evento era interpretado como sendo uma intervenção divina, como um sinal de que não se deveria acreditar no que dizia o orador.
Coexistindo com essa visão, na Grécia antiga, Aristófanes acreditava que a doença mental pudesse ter características específicas e uma causa definida. Ele justificava o pensamento da época, que atribuía à doença mental uma manifestação divina, à peculiaridade da doença que causava assombro aos demais. Por pensar na doença mental como orgânica, Aristófanes defendia uma intervenção a base de banhos, purgativos e de alimentação especial.
Ao longo da história, os loucos foram concebidos sob vários visões. Na idade média as cidades escorraçavam os loucos (os de origem estrangeira), deixando-os correrem pelos campos distantes, quando não eram confiados a grupos de mercadores e peregrinos. Havia barcos que levavam os insanos de uma cidade para outra, e como errantes eles vagavam de cidade em cidade. Freqüentemente as cidades da Europa viam essas naus de loucos atracar em seus portos.
Alguns loucos eram protegidos pelas suas famílias, outros eram acorrentados, outros exorcizados, outros queimados (bruxos).
No século XVIII começaram a aparecer espécies de asilos, que, também, abrigavam de forma sub- humana os loucos, nesses lugares os loucos continuavam vagando e falando incoerentemente. Os mais alterados eram imobilizados com lençóis úmidos. Podemos citar como exemplo dessas "casas de detenção" o Hotel Dieu de Paris e a Torre dos Loucos de Caen na França.
Mais recentemente, do ponto de vista orgânico, vários estudos apontam para causas bioquímicas das doenças mentais. Como exemplo desses estudos citamos a paralisia