Erving goffman e as instituições totais
Aluna: Lívia Halfeld
Erving Goffman e as Instituições Totais
Erving Goffman (1922-1982) foi um cientista social e escritor canadense, formado pela Universidade de Toronto em 1945, e pós-graduado na Universidade de Chicago em 1953, onde estudou Sociologia e Antropologia Social. Tornou-se um conhecido sociólogo pelo estudo das interações humanas, tendo seu nome relacionado ao de George Mead por ambos conceberem a psicologia social uma abordagem sociológica.
Representante de um segundo momento da Escola de Chicago, ele utilizou como método investigativo a etnografia, onde o há um contato intersubjetivo entre o estudioso e seu objeto. Ele forneceu um caráter totalmente novo de análise de temas como o estigma, a delinqüência e a doença mental. Tendo grande importância para a antipsiquiatria e o movimento antimanicomial no Brasil.
Realizou estudos sobre interação social no dia-a-dia, presente principalmente em seu livro A representação do eu na vida cotidiana, realizou uma reavaliação do conceito de o estigma e identidade social, em Estigma – Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada, e o que ele chamou de instituições totais, em Manicômios, prisões e conventos.
Sendo o objetivo deste texto, a análise do “Mundo do Internado” - presente em Manicômios, prisões e conventos -, relacionando-o com os filmes Um estranho no ninho e V de vingança, tendo como foco os efeitos causados pelo internamento.
• “Mundo do Internado”
Goffman define uma instituição como total pelo seu caráter de fechamento completo ao mundo externo, possuindo em alguns casos barreiras físicas, como muros. Já os internamentos, estes podem ser voluntários, como ocorrem em conventos, ou involuntários (compulsórios), como ocorre em prisões e manicômios.
Observa-se claramente uma divisão binária nessas instituições, entre o grupo que é controlado – os internados – e os funcionários da instituição – a equipe dirigente. Diferente da equipe dirigente, o internado vive