Graduanda
Referência bibliográfica: GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos. Tradução de Dante Moreira Leite. 7ª edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001. Erving Goffman (1922-1982) foi sociólogo professor do Departamento de Sociologia da Universidade da Califórnia em Berkely-EUA, seguindo a linha de pesquisa da sociologia interpretativa e cultural. Entre 1955 a 1956 realizou um trabalho de campo no Hospital St. Elizabets, uma instituição de saúde mental federal com cerca de 7.000 internos, em Washington. Seu objetivo era conhecer o mundo social do interno em hospital para doentes mentais a partir de uma análise sociológica da estrutura do eu. Desse estudo resultou a obra Manicômios, prisões e conventos (1961) na qual, em quatro capítulos, faz um levantamento crítico da vida em instituições fechadas e suas consequências sobre o indivíduo. Com especial atenção para os manicômios ele mostra que o comportamento do doente mental muitas vezes tem mais relação com sua condição de internado do que com sua doença propriamente dita. Por essa razão Goffman tem um importante papel no movimento antimanicomial brasileiro. No primeiro capitulo do livro, Goffman fala sobre as características das instituições, ditas por ele, totais, bem como sobre as relações entre os internados e a equipe dirigente. As instituições totais (manicômios; casas para idosos, orfanatos, entre outros; penitenciarias; quarteis e conventos) tem, assim como as demais instituições, tendência de fechamento e além disso, características peculiares como o fato de todos os aspectos da vida dos internados acontecerem no mesmo ambiente sobre uma mesma autoridade, as atividades serem realizadas em grupos e todos fazem as mesmas coisas, sempre nos mesmos horários, as necessidades humanas dos internados serem controladas por uma organização burocrática configurada em um pequeno grupo de dirigentes, a incompatibilidade com a família e “serem