Mead e Gofman
George Herbert Mead e Erving Goffman foram dois dos mais importantes autores do interacionismo simbólico. Mead dialoga a respeito do conceito de self e seu estudo encontra similaridades teóricas nas obras de Goffman. Nesta corrente de pensamento, as interações entre os indivíduos ocorrem a partir de ações particulares, e são, também, por ela estimuladas. Todas as ações são direcionadas a partir de uma interação mútua, pois cada pessoa comanda uma ação a partir do significado atribuído à mesma. Além disso, o agente externo também tem influência nesta ação. Mead acredita no poder da racionalidade do homem, inserido, no entanto, em um contexto social. Para o autor, a conjuntura social externa ao indivíduo desempenha uma importante função no exercício de determinada ação. O indivíduo emerge a partir do processo social, que é por ele internalizado. Ainda, o social também é influenciado e até modificado pelo indivíduo. Assim, a consciência individual é formada a partir das relações sociais, resumidas em gestos. Estes gestos se tornam verdadeiros símbolos e geram, consequentemente, ações e reações a partir da habilidade de prevê-los. Mead explica que este mecanismo de ação e reação é provocado por gestos que são verdadeiramente universais. No olhar do autor, portanto, a comunicação parte de um entendimento que aquilo dito por alguém será apreendido pelo outro da mesma forma como seria por ele se ele observasse determinado gesto. Isto é executado a partir de um deslocamento interno momentâneo do ator para o observador de determinada ação, para, assim conseguir executá-la com êxito. Este mecanismo, aliado a universalidade dos gestos é o que permite a interação entre todos em uma complexa rede interativa e comunicativa - a sociedade. Mead utiliza uma analogia que compara o ser social a um ator no contexto teatral. Assim como o ator, o indivíduo adota técnicas de entonação, gesticulação, e postura para transmitir a sua