Analise do filme um estranho no ninho

Analise do filme “Um estranho no ninho”
O filme conta a história de Randall McMurphy, um preso rebelde que finge ser louco para ser transferido para o que ele pensou ser um lugar mais fácil de viver, como uma colônia de ferias, o asilo de loucos. Contudo, as atitudes do personagem não demonstram nenhum problema na saúde mental o que gera grandes discussões entre ele, a enfermeira Mildred Ratched, alem dos médicos da clínica.
O nome deste filme – Um Estranho no Ninho – reflete bem o seu conteúdo, pois mostra a relação, e as consequências da relação, entre uma pessoa que não tem as características para estar em uma determinada situação e que ao se inserir numa sociedade "quebra" a rotina da mesma desrespeitando a ordem vigente, nesse caso representado pela enfermeira, mostrando e contextualizando as teorias críticas da psiquiatria como a antipsiquiatria.
O filme tem dois opostos um representante do modelo biomédico, a enfermeira Ratched e um representante meio “torto” do modelo bio psico social onde leva em conta a individualidade e subjetividade da cada um. O modelo dentro de uma instituição psiquiátrica logo é o bio medico que é vigente entre a maioria das instituições terapêuticas da saúde mental e da medicina em geral e é a partir da chegada de McMurphy que essa visão até então única é contrastada e começa a colocar em cheque as formas de tratamento e terapêutica da instituição, que em varias vezes lembra o modelo do tratamento da loucura nos asilos da idade clássica demonstrada por Foucault em seu livro a Historia da Loucura.
Com o passar do filme percebemos que a visão neutra e externa de McMurphy percebe coisas que a própria instituição ignora trazendo “tratamentos” alternativos para os pacientes onde através de um olhar de uma forma mais humano e atento para essas pessoas em sofrimento percebe muito mais do que o estigma da loucura percebe neles seres humanos com sua própria individualidade.
Esse comportamento atípico do protagonista pode ser visto