Análise da Recepção do Discurso Publicitário
Por
Fernando Pereira André
DRE: 108084635
Aluno do Curso de Comunicação Social
Resumo entregue à
Professora Ilana Strozenberg
Na disciplina Comunicação e Antropologia
Turma EC8
UFRJ / Faculdade de Comunicação / 2° semestre / 2009
RESUMO
Análise da recepção do discurso publicitário
O consumo não é imposto, a escolha por consumir é uma escolha livre e, portanto, soberana. Outra noção que podemos ter de consumo é que ele começa onde termina o mercado, ou seja, o que acontece quando o produto deixa as mãos de quem o vende para aqueles que irão consumi-lo faz parte do processo de consumo. Concluindo, podemos definir o consumo como um uso de posses materiais que está além do comércio e é livre dentro da lei. O discurso publicitário tem a árdua tarefa de entrar na mente do consumidor e conhecer suas necessidades e desejos, para oferecer-lhes, do melhor jeito possível, um produto ou uma idéia. Ao fazer diferenciações entre produtos que poderiam ser considerados similares, a publicidade cria classificações onde o público pode se enquadrar, e mostra os meios de chegar na classificação desejada. Tenta fazer com que o consumidor pense: ao comprar tal marca, me torno tal tipo de pessoa. Pode-se fazer uma relação entre essas classificações e o conceito de totemismo de Claude Lévi-Strauss. Em seu livro Magia e Capitalismo, Everardo Rocha analisa a publicidade falando do “totemismo hoje” da seguinte maneira. Tomemos o exemplo de Roberto da Matta explicado por Everardo Rocha:
Diz ele que podemos pensar que o clã A é aliado do urso, o B, dá águia e o C, da tartaruga. Todos estes são animais muito diferentes entre si. Logo, os clãs a eles associados são também diferentes uns dos outros. Mas, todos os seis elementos são solidários complementares, pois não seria possível viver num mundo, numa “natureza”, sem ursos, águias e tartarugas. Da mesma forma, não seria possível viver na sociedade sem o