Análise crítica do filme "o cangaceiro"
O Cangaceiro
O Cangaceiro, de Lima Barreto foi inspirado na vida de Lampião que no filme era representado pelo Capitão Galdino. O bando sequestrou a professora da cidade, para em troca receber a recompensa. Só que Teodoro se apaixonou pela professora e a ajuda a fugir. Quando o Capitão descobre, não mede esforços para achar o traidor e o faz pagar com a vida.
O longa foi o primeiro sucesso internacional do cinema brasileiro, e em 1953 conquistou o prêmio de melhor filme de aventuras no festival de Cannes, com menção especial para a música. Obteve na época um estrondoso sucesso de bilheteria inaugurando um novo gênero do cinema brasileiro: a aventura de cangaço.
Filmado no interior paulista reuniu efeitos de montagem do cinema soviético, composições de imagens no estilo do cinema mexicano, de Emilio Fernández e Gabriel Figueroa e o tom épico na linha do western do cinema americano.
O resultado impressionou os críticos da época, ficando especialmente conhecida a canção Mulher Rendeira, colhida do folclore nordestino e as pessoas mais antigas afirmam que teria sido feita pelo próprio Lampião, inspirado na figura de sua avó, uma exímia da arte de fazer rendas.
Com este filme, Lima Barreto foi por muitos anos o único cineasta brasileiro citado em ontologias e livros de história do cinema editados no exterior. O Cangaceiro aborda a situação dos brasileiros que viviam na caatinga nordestina, terra controlada por políticos, coronéis, padres e cangaceiros. Nesta obra são visíveis as políticas do coronelismo local, onde o coronel detinha poder econômico, político e social em regiões em que o Estado não chegava. Logo este representante do Estado exercia e representava os interesses dele mesmo e da Federação.
No filme podemos facilmente perceber a estreita relação que existia entre os coronéis e os cangaceiros, quando estes iam buscar mantimentos e armamentos na fazenda. Dessa forma o coronel