Bioética

Bell tem uma teoria algo diferente. O seu texto fundamental é um livro intitulado “Arte”, onde Bell procura responder basicamente a esta questão: “Porque somos tão profundamente comovidos por formas relacionadas de um modo particular?”. Começa por refutar a ideia de que a arte é valiosa para nós porque representa. A ideia da arte como representação não pode justificar o seu valor para nós. Só quando nós nos libertamos do conteúdo das obras, aquilo que elas contam, narram, é que nós começamos a ter acesso àquilo que verdadeiramente importa. Para apreciarmos a arte, diz Bell que não precisamos mais nada senão o sentido de forma e de cor e o conhecimento do espaço tridimensional.Quando sentimos a necessidade de ir para além da forma, para além das sensações da forma, isso é já sinal de uma sensibilidade deficiente. Depois ele desmonta também a ideia segunda a qual a arte é importante porque nos dá acesso às emoções. Nada disto é importante para a apreciação da arte. Bell tem uma frase muito conhecida: “Usar a arte como meio de acesso às emoções das vida é como usar um telescópio para ler o jornal.” A arte é muito mais poderosa do que esse esclarecer das emoções. A certa altura ele dá o exemplo dele próprio. Ele conhece pouca música e quando vai a um concerto, mais tarde ou mais cedo acaba por misturar as harmonias, que não consegue captar com as ideias da vida. A que se deve então a importância da arte? Porque é que certos arranjos de combinações de formas nos comovem, provocam em nós emoções. Para isso Bell vai propor aquilo que ele chama uma hipótese metafísica. (tem na antologia). O que é então a hipótese metafísica? Basicamente a arte dá-nos acesso ao mundo tal como ele é em si mesmo. É através da arte que nós temos acesso à realidade última. O mundo é em si próprio apenas forma É só quando através da arte nós vemos as coisas como pura forma, e não como “meios amortalhados em associações”( expressão de Bell), meios que servem para outras coisas. É quando nós vemos