Cinemagrafia do cangaço no ensino de História na EJA
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INTRODUÇÃOAo ser publicada a Lei 9.394/96 das Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi estabelecida a Educação de Jovens e Adultos como modalidade da Educação Básica e como direito dos cidadãos que não tiveram acesso ou não deram continuidade aos seus estudos na faixa etária dos 7 aos 17 anos.
Para cumprimento da legislação vigente no ano de 2002 foi elaborada uma proposta Curricular para os segmentos da Educação de Jovens e Adultos a fim de nortear a execução de um ensino de qualidade e adequado ao público atendido por essa modalidade de ensino. Essa proposta foi embasada por orientações construídas em eventos de âmbito nacional e internacional, que tiveram como temas educação, e outros direitos sociais imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável e eqüitativo. Além dessas contribuições serviram como norteadoras da proposta em questão, as concepções teóricas de Paulo Freire e do socioconstrutivismo com a intenção de promover uma aprendizagem na EJA que culmine na formação dos estudantes enquanto sujeitos conscientes, autônomos, e transformadores de sua realidade social. Tendo em vista a concretização desse propósito, incentiva que os professores da EJA utilizem entre os recursos didáticos e tecnológicos disponíveis, filmes, considerando as possibilidades e os limites que eles propiciam para a aprendizagem.
No ensino de história o uso do elemento fílmico está situado num contexto empírico e teórico que fora ampliado ao longo de todo o século XX, através dos estudos de Jacques Le Goff, Michel de Certeau, Roger Chatier – citando as referências mais importantes – sobre os documentos utilizados pelos historiadores na elaboração das narrativas históricas. Uma das questões pertinentes ao ensino refere-se à compreensão do processo de construção da identidade (individual e coletiva) ao qual estão sujeitos os educandos. De posse dessa compreensão os indivíduos tornam-se aptos a exercer convictamente seu direito à cidadania e lutar pela concretização de um