Antropologia
O texto trata dos pontos positivos e negativos sobre o Iluminismo, bem como as contribuições da ilustração dos pressupostos míticos e mágicos da fé. Num primeiro momento vamos lembrar que o nascimento cultural – o Iluminismo – questionou profundamente os fundamentos do fenômeno religioso, na busca pela autonomia da razão na investigação das verdades históricas. Por outro lado, enquanto ilustração burguesa ou despotismo esclarecido, o Iluminismo tende a ser compreendido como algo do século XVIII que ficou datado e restrito a esse período histórico. Ele é, portanto, o ponto de chegada da razão autônoma. Mas, por outra via, há outra perspectiva. Para o autor, o Iluminismo como ponto de partida do encantamento pelas realidades históricas e, sobretudo, da autonomia da razão na investigação dessas realidades. Nesse sentido, explica o autor, ele não é algo somente do século XVIII, mas continua novo dentro do pensamento contemporâneo. Desse modo, é a metodologia racional buscando compreender e controlar a natureza por meio da inteligência. Assim, é preciso saber que são fundamentais duas perspectivas apontadas pelo autor: compreendê-lo em seu momento de nascimento, mas, especialmente, não perder de vista a conquista ocasional no desvelamento do real. Desse modo, vamos abordar o fenômeno religioso na perspectiva iluminista. Vamos notar que a racionalidade filosófica desse período iluminista questionará as condições de possibilidades de um conhecimento empírico de Deus nos moldes propostos pela metafísica clássica, e ainda temos um ateísmo epistemológico, mas o terreno será preparado para os modernos negarem o Sagrado, na absoluta afirmação do profano, e negarem o divino, na autoafirmação do humano. Portanto, de modo brevíssimo, vamos analisar sobre Pascal, Voltaire, Hume, Kant e Hegel, que são os pensadores desse período que irão nos fazer compreender esse caminho dialético e complexo da virada antropológica na reflexão filosófica ocidental.
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