Antropologia
Prof. Ms. Rodrigo Medina Zagni
Revisão Textual:
Profa. Dra. Patrícia Silvestre Leite Di Iório
Nessa unidade, vamos tratar do tema “Questões de
Antropologia Clássica”. Do desenvolvimento de uma área de estudos debruçada sobre as dimensões física e cultural da existência humana; seus primeiros preceitos teóricos matizados sob as perspectivas evolucionistas de Charles
Darwin, até o rompimento com essas explicações de cunho rácico e etapista por meio do relativismo, da pesquisa participante e do estruturalismo, estudaremos as mais significativas transformações nos paradigmas desta nascente área de conhecimento científico.
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Contextualização
Caro aluno,
É comum, ainda hoje, nos mais variados âmbitos de nossa vida social, nos depararmos com situações em que um indivíduo se julgue portador de uma cultura superior a de outro.
Pode ser o caso de europeus em relação a latino-americanos, de brasileiros em relação a outros povos da América Latina, de paulistas, cariocas ou sulistas, em relação a migrantes de outros estados.
É comum ainda ouvir de quem domine um repertório cultural erudito, por exemplo, musical que apenas a música erudita (popularmente chamada de “música clássica”) é “música de verdade”, os demais estilos “não são música”, por entendê-los como inferiores.
O mesmo pode se verificar nas artes: “cinema norte-americano é que é bom!”; enquanto nem se procura conhecer o cinema latino-americano, iraniano ou indiano, por exemplo. Até mesmo a História está suscetível a esta lógica, quando ouvimos, por exemplo, que
“o passado dos povos europeus é que é glorioso! Já o nosso, está repleto de índios atrasados!” Todas essas situações, perceptíveis no nosso cotidiano, provêm do mesmo fenômeno: o da convicção de superioridade