antropologia
A teoria da evolução de Darwin foi comprovadamente um estímulo para o desenvolvimento da psicologia animal. Antes da publicação de “a origem das espécies”, não havia razão para os cientistas se preocuparem com a mente animal já que os animais eram apenas robôs sem mente e sem alma. Afinal, Descartes afirmou que os animais não tinham qualquer semelhanças com os homens.
O trabalho de Darwin alterou essa visão conformista. Darwin afirmou: Não existe diferença fundamental entre homem e os mamíferos superiores em relação às faculdades mentais. E ainda acreditava que os animais inferiores sentiam prazer e dor, alegria e tristeza; tinham ate sonhos e ate certo grau de imaginação, acreditava que as minhocas, demonstram prazer ao comer, além da paixão sexual e sentimento social, sendo tudo uma prova a existência de alguma forma de mente animal.
Se fosse possível provar a existência da habilidade mental dos animais, além de comprovar a continuidade entre a mente animal e a mente humana, essas evidências colocariam por terra a dicotomia humano/animal defendida por Descartes, desse modo, estava lançado o desafio para os cientistas buscarem as provas da existência da inteligência animal.
Darwin defendeu suas ideias sobre a inteligência animal no livro A expressão das emoções no homem e animal (1872), em que argumentava que o comportamento emocional humano, deriva do comportamento herdado que um dia fora útil aos animais. Um exemplo é a expressão nos lábios de uma pessoa que demonstra escárnio, ele alegava ser esse gesto, remanescente da forma como os animais enfurecidos mostravam os dentes caninos.
George John Romanes (1848-1894)
Romanes publicou a Inteligência Emocional,1883, considerado o primeiro livro da psicologia comparativa. Seu objetivo era demosntrar o alto nível da inteligência animal e sua semelhança com o funcionamento intelectual humano, mostrando assim a continuidade do desenvolvimento mental,