Antigona de sófocles
Na referida obra, Sófocles aborda questões conflitantes relacionadas com aquilo que as pessoas acreditam ser um direito. Apresenta, por um lado, Antígona, uma mulher que acreditando defender o que é correto, seguindo a lei dos deuses. Infligindo a lei e confrontando o rei, que aplicava a lei escrita.
Antígona defende um costume sagrado, de poder enterrar seu irmão, nem que para isso tenha que infligir a lei escrita, mesmo sabendo que isso causaria a sua morte e consequências ruins a sua irmã, a qual acreditava que os que nascem para obedecer, devem obedecer.
Porem, Antígona acreditava que morrer por causa dos mortos era mais significativo, já que era movida pela crença que partilharia com eles da vida eterna. Sendo que sua escolha veio a alterar o destino do Estado.
Do outro lado do conflito, Creonte, o governante de Tebas, defendia a lei escrita, através da qual, mantinha a ordem na sociedade. Uma dessas leis impossibilita o comprimento a uma das leis dos deuses, segunda a qual, todos os mortos devem receber enterro digno. Assim, ao condenar Polinices, irmão de Antígona, a não ter direito a um enterro, provoca revolta não só na própria Antígona, como também, com o desenrolar dos acontecimentos, em toda população de Tebas.
Antígona, contrariou o decreto de Creonte, e se apossou-se do corpo de seu irmão, fazendo recair sobre si a ira do governante. Tendo sido capturada, se vê confrontada por seu governante, o qual esperava que ela não apenas reconhecesse o erro, como se submetesse as leis escritas. Contudo, Antígona não apenas se mantém firme na defesa de suas crenças, como ainda coloca em xeque o poder dos homens para elaborar leis que contrariem as leis dos deuses.
Creonte, habituado com a submissão daqueles que viviam sob seu poder, encontra em Antígona uma oposição direta, não apenas ao decreto que condenara seu irmão, como também sua autoridade. Diante dessa postura condena Antígona a uma morte horrenda, e nem mesmo as súplicas