Antígona de sófocles

Na tragédia Antígona de Sófocles, há um conflito entre as leis dos homens e as leis dos deuses. Polinices e Eteócles, que eram irmãos, morrem batalhando entre si pelo trono de Tebas. Quem assume o trono então é Creonte, que toma a decisão de proibir o sepultamento de Polinices e ameaçou de morte a quem o desobedecesse. Teve essa iniciativa ao mesmo tempo em que fazia um funeral de honra para Eteócles.
Logo em seguida, aparece Antígona, que deseja fazer o sepultamento de seu irmão Polinices, em segredo, contra a ordem de Creonte e correndo risco de vida. Ora, mas por que então Creonte presta honrarias a um irmão seu, mas para seu outro irmão não? Creonte argumenta que Polinices traiu sua cidade quando fugiu para Argos, a cidade rival, fez aliança com rei e invadiu Tebas para a tomada do trono. Segundo ele, Eteócles morreu defendendo sua cidade.
Por outro lado, antes de Eteócles assumir o poder, os dois irmãos fizeram um trato. Cada um só poderia governar durante um ano e depois passaria a posse para o outro, revezando assim o reinado. Eteócles não cumpriu com o acordo, o que causou a revolta de Polinices a ponto de fazê-lo aliar-se com o rei da cidade rival. Não seria então, que Polinices só exigia o que era de seu direito, fazendo valer-se da força para conquistar a justiça? Polinices não teve escolha, afinal, o que deteria o poder se não o outro poder?
Para Creonte isso foi traição. O rei de Argos pode ter encarado isso como um oportunadade de para triunfar sobre Tebas, nesse caso, muito provavelmente, a inexistência desse personagem acarretaria que conflito nenhum tenha existido. Se Creonte não guardasse um sentimento de rivalidade poderia ter enxergado o problema com mais clareza, poderia ter visto que Polonices clamava pelo seu direito e quanto a isso, nada fez. Só então, ao chegar ao poder pode ele condenar, criar leis que se sobrepõem as leis dos deuses, e julgar terceiros personagens baseado num sentimento de ira, falha humana? A lei não é pertence de uma