Androginia
Hoje gostaria de falar sobre androginia, mas essencialmente na roupa. Para alguns a androginia consiste em não identificar o sexo de uma pessoa apenas olhando para ela, mas podemos dizer que androginia vai, além disso, podemos considerar alguém andrógino quando ele usa elementos de roupas ou acessórios do sexo oposto.
Imagino que os que acompanham o que escrevo estejam cientes de que já falei que todos esses elementos foram determinados através da história e que os mesmos não são naturais, mas construções socioculturais.
Mitologicamente, segundo Muraro e Boff, um ser andrógino seria um humano ambíguo e completo, possuía os dois gêneros, um ser com quatro braços, quatro mãos, duas cabeças e os dois sexos, estes seres ameaçavam os deuses do Olimpo, Zeus com seus raios separa estes seres andróginos em dois, que passam a vida a procurar a sua metade perdida, deixando os deuses para governar o mundo em paz. É uma versão romântica de androginia, mas, em minha opinião, bastante sexista, afinal, porque para ser completo precisamos dos dois gêneros? Nada de ficar procurando a sua cara metade por ai no sexo oposto, ou no mesmo gênero de sexo, complete-se sem precisar dos outros.
Mas vocês já perceberam que as roupas estão cada vez mais andróginas? Sim, muitas roupas masculinas agora estão com elementos que há algum tempo atrás eram considerados femininos, nem por isso os rapazes perderam sua masculinidade, claro lembremos que essa relação do que é masculino ou feminino é uma construção.
Segundo Lipovetsky, vestir-se é discursar, mostrar a que veio, mesmo que não se queira dizer nada.
Para termos uma ideia se estudarmos moda conseguiremos imaginar o que uma sociedade pensa e quais os signos que são considerados importantes para ela. Pois então, signos são símbolos que representam alguma coisa em determinado local, assim, por exemplo, signos de status em nossa sociedade podem ser roupas de marcas famosas. Aqui vou citar uma autora