Analise do filme: entre os muros da escola
Beatriz A. B. do Nascimento. beatriz.nasc@uol.com.br
O filme Entre os muros da escola mostra a realidade existente nas escolas públicas francesas e nas instituições de ensino do mundo todo. O problema central do filme é a diversidade de etnias presente na sala de aula. A sala de François Marin possui um grande número de diferentes culturas – há franceses, africanos, asiáticos, caribenhos –, como se fosse a França dominadora que recebeu uma grande quantidade de imigrantes, e isso gera conflitos e estranhamento entre os alunos. O professor, no começo do filme, tenta conhecer as particularidades de cada aluno (por exemplo, a atividade dos autos-retratos), mas no decorrer do ano ele acaba se descontrolando – como na cena em que ele chamou as alunas Esmeralda e Khoumba de vagabundas – e também perdendo o controle da sala. Os alunos se recusam a aprender, pois o que é ensinado eles não utilizam no seu dia-a-dia, a cena em que o professor François tenta ensinar a norma culta da língua francesa deixa claro isso, os alunos alegavam não falarem daquele jeito. Karl Marx acredita que a educação deve ser centrada no conteúdo para criar nos alunos uma visão crítica de mundo, e é o que o professor de francês, François, tenta no começo do ano letivo, mas acaba não tendo retorno dos estudantes. A aluna Henriette, no final do filme, diz que não havia aprendido nada, e François fica indignado. O ideal da educação e a finalidade da escola é formar um aluno pensante, ou seja, um aluno crítico, “A transformação da sociedade se faria através da transformação da mentalidade ou da consciência do indivíduo, ou do sujeito da ação social” (LÖWY, 1985, p. 22). No início do filme o professor tenta aplicar características do marxismo ao querer, realmente, que os alunos aprendam o conteúdo e não recebessem as informações passivamente, mas logo, por causa do desinteresse dos alunos, François junto com outros professores “perderam a esperança”. Segundo