Analise do conto "Pausa"

ANÁLISE DO CONTO “PAUSA”
Este trabalho pretende fazer um estudo do conto “Pausa”, de Moacyr Scliar. Formado em medicina, trabalhou como médico especialista em saúde pública e professor universitário. Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre (RS), no Bom Fim, bairro que até hoje reúne a comunidade judaica, a 23 de março de 1937, filho de José e Sara Scliar. Sua mãe, professora primária, foi quem o alfabetizou. Scliar publicou mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o Jabuti (1988, 1993 e 2009), o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) (1989) e o Casa de las Américas (1989).
Vamos realizar esse estudo descrevendo o Discurso e a Diegese, “A DIEGESE é a história, ou conjunto de acontecimentos narrados e o DISCURSO vem a ser aquele que enuncia esses acontecimentos” (REIS & LOPES, 1988, P.49). O conto é narrado por um narrador heterodiegético, onisciente e observador, ele sabe tudo que está se passando e observa todos os detalhes cotidianos dos personagens: “(...) Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sombrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada (...)” (Moacyr Scliar, p. 10).
O conto tem como discurso a história de Samuel, um jovem rapaz casado com uma mulher aparentemente mal humorada e de companhia desagradável: “- Todos os Domingos tu sais cedo – observou a mulher com azedume na voz.” (Moacyr Scliar, p. 10). Todos os domingos Samuel era despertado às sete horas da manhã. Lavava-se, preparava sanduíches e saia de casa com um pretexto de que iria trabalhar no escritório, mas, a realidade era outra, ele seguia para um hotel pequeno e sujo, onde era atendido pelo gerente, que o conhecia como Isidoro, nome que usava como disfarce: “(...) o