Analisando os diferentes usos da Gramática
CHAIANA DE OLIVEIRA PERUZZO
Ao ter a disposição esses dois diferentes gêneros de produções textuais, um, uma crônica publicada no jornal Zero Hora do estado do Rio Grande do Sul, e, outro um simples diálogo entre alunos de Ensino Técnico Médio de uma Instituição Federal transcrito para forma textual informal é possível mudar completamente nossa visão em relação à maneira como as pessoas se comunicam ou escrevem. Hipérbole à parte, precisamos deixar de acreditar que só há um modo de falar – utilizando a norma padrão ou a norma culta.
Travaglia, nos mostra através de seu texto: “Gramática e Interação: uma proposta para o ensino da gramática no 1° e 2° graus”, que não existe uma maneira única de se falar, que todo falante sabe a sua língua nativa, materna e que ninguém fala errado porque quer errar, mas porque quer acertar a fim de desenvolver sua comunicação, mas, nas escolas estamos acostumados a aprender a gramática através de exercícios com frases soltas e utilizando a norma culta e padrão – normas que não costumamos usar nos diálogos do dia-a-dia. Por meio de seu texto, Travaglia nos apresenta e nos propõe que é preciso sim conhecermos as várias tipologias da gramática, ainda assim, se faz necessário que o estudante do ensino médio aprenda a interpretar um texto e não fazer uma análise sintática de alguma frase sem sentido, pois, “hoje não restringimos a gramática normativa apenas ao uso da norma culta, porque sabe-se que mesmo que se use a norma culta o texto produzido pode não ser bom”.
O autor nos alerta para que não nos restrinjamos ao uso e a compreensão de uma norma culta somente (que, inclusive, não é algo uniforme, pois há uma norma culta falada outra escrita, há variedades cultas como a literária, a científica, a dos documentos oficiais, a dos jornais e revistas e assim por diante).
Diante do