Conceitos e Propostas das Diferentes Gramáticas
Geralmente entende-se por gramática as regras que definem a forma de falar e escrever corretamente. As gramáticas são elaboradas com base em estudos de linguistas e gramáticos que tratam da língua de formas diferentes, esses estudos deram origem a três conceitos: a gramática normativa, a gramática descritiva e a gramática internalizada.
A gramática normativa é aquela que preceitua as regras e as normas gramaticais que devem ser seguidas, assemelhando-se a uma lei, demonstrando o certo e o errado dentro dos padrões da norma culta, procurando sempre padronizar a utilização da língua materna, para fins pedagógicos.
Seu erro é não levar em conta as variações da língua de acordo com cada pessoa, seu meio e o contexto cultural em que vive.
Já a gramática descritiva estuda como a língua funciona, seus mecanismos como meio de comunicação entre os interlocutores, não contendo em seus objetivos apontar erros, mas sim identificar formas de expressão existentes e averiguar quando e por quem são produzidas.
Para Bechara (2001, p.52), a gramática descritiva é uma disciplina científica que registra e descreve um sistema linguístico em todos os seus aspectos (fonético-fonológico morfossintático e léxico). Diz ainda que por ser de natureza científica, não está preocupada em estabelecer o que é certo ou errado no nível do saber elocutivo, do saber idiomático e do saber expressivo.
Diante do exposto, podemos então classificar a gramática descritiva como um conjunto de regras sobre o funcionamento de uma língua que possui múltiplos aspectos e diferentes graus.
Outra gramática é a que chamamos internalizada e é definida como o conjunto de regras que o falante domina, são conhecimentos e usos linguísticos com regras subentendidas (sem que se tenha consciência delas, muitas vezes), de maneira que as frases e o seguimento das palavras são compreensíveis e distinguidas como pertencendo a uma língua. Não é ensinada de