estudante
Posteriormente, diversos outros autores contribuíram para os estudos acerca das técnicas projetivas gráÞ cas, de modo geral, e do DFH em particular. No Brasil, destacaramse os trabalhos de Van Kolck (1984), que desenvolveu estudos sistemáticos sobre esses instrumentos. Segundo essa autora, o desenho “se constitui em condição ótima para a projeção da personalidade” (Van Kolck, 1984, p.2), permitindo a investigação dos aspectos mais profundos e inconscientes do sujeito. Ela complementa aÞ rmando que na elaboração de uma produção gráÞ ca, manifestam-se mecanismos de projeção, introjeção e identiÞ cação, resultando em um material pessoal e que carrega signiÞ cados simbólicos do mundo mental do sujeito.
A linguagem gráÞ ca possui a vantagem de oferecer maior conÞ abilidade do que a linguagem verbal, por estar menos submetida ao controle consciente do indivíduo, fornecendo informações mais verdadeiras e menos “disfarçadas” do que as obtidas por meio do discurso verbal. (Arzeno, 1995; Hammer, 1991).
Quanto ao Desenho da Figura Humana, especiÞ camente, seu signiÞ cado psicológico fundamenta-se no conceito de imagem corporal (Hammer, 1991; Van Kolck, 1984). Esta consiste na imagem que cada indivíduo tem de seu próprio corpo, não apenas de forma consciente, e que se constrói como produto da relação com os outros, em especial com a mãe no início da vida. Van Kolck (1984) salienta a importante inß uência que a imagem corporal exerce sobre o comportamento do indivíduo, incluindo sua agressividade, capacidade para contatos íntimos, atitude para com a gravidez,