Amor materno
De acordo com a escala evolutiva a classe os mamíferos são descendentes dos répteis, que botam seus ovos em lugares protegidos e aquecidos e voltam a cuidar se suas necessidades pessoais sem dar assistência à sua prole. Antepassados mais próximos dos mamíferos na evolução apresentaram uma estratégia diferente e inteligente: os filhos passaram a ser mantidos no útero para nascerem mais bem preparados, as mães passaram a amamentar e a defender sua prole aumentando, portanto, as chances destes e da espécie sobreviverem.
Todas as fêmeas da classe dos mamíferos – e com o ser-humano não é diferente – sofrem mudanças em seus organismos durante a gravidez, assim, esta estratégia evolutiva pode ser explicada. Pesquisas têm mostrado que estas mudanças podem afetar o comportamento da mãe com o seu filho e até a remodelar a estrutura cerebral feminina, gerando um comportamento protetor e cuidadoso da mãe para com sua prole, o conhecido “comportamento maternal”.
A mulher antes da gestação possui seu organismo voltado às suas próprias necessidades e este quadro sofre alterações após a maternidade. Isto ocorre, pois ao desenvolver o “comportamento maternal” a mulher, além de suas próprias necessidades, passa a se concentrar no bem estar e cuidado de seus filhos.
A maioria dos mamíferos apresenta o “comportamento maternal” semelhante, pelo fato deste ser controlado pelas mesmas regiões cerebrais em ambos. Portanto, os estudos a respeito são realizados com ratas prenhas – possibilitando o paralelo com o ser-humano – e apontam claramente a relação da atuação de determinados hormônios no sistema nervoso com o desencadeamento do comportamento maternal.
Fatores biológicos que influenciam o comportamento materno
Durante a gestação os hormônios estrógeno, progesterona, oxitocina, prolactina, cortisol e a endorfina são produzidos em quantidades especiais no corpo da mulher. Cada um possui uma função diferente e de importância na gestação e uma função comum: