Quem inventou o amor me explica, por favor! o inexplicável amor materno
Keiza da Conceição Nunes.
Resumo: Através do título deste artigo faz menção ao amor, mas não é qualquer tipo de amor, um amor especial, o amor materno, que como todo possui sua complexidade. E mesmo sendo tão complexo este amor é capaz de gerar redes de solidariedades.
Palavras chaves: amor materno, gênero; redes de solidariedade.
Com base nos textos de Rita De Cássia Freitas há uma busca por distanciamento dos conceitos depreciativos relacionados com as famílias pobres como violência e criminalidade, para isso este artigo tratar de iguala a famílias pobres as demais através dos conceitos de amor e redes de solidariedades tão amplamente discutidos pela autora referida acima.
“ A dimensão (inquestionável) do amor materno (e da responsabilidade por seus filhos) é por todas enfatizadas e naturalizadas; uma dimensão que deve ser partilhada por mulheres pobres, ricas ou da classe média; intelectuais ou analfabetas, de esquerda ou direita. É isso que as ajudar a criar uma identidade ( e um projeto) comum.” (FREITAS,2001)
Ao se analisar o amor materno, compreende-se que como todo amor ele abrange múltiplos significados, dentre os quais vale destacar o de ser um sentimento nato de mulher, porém diferentemente do que a maioria das pessoas pensa este sentimento é edificado na relação diária existente entre mãe e filho e não uma característica da natureza da mulher. Mesmo não possuindo uma explicação exata a cerca do amor materno, a maior parte das pessoas ao pensar nele são tomados por lembranças felizes, por sentimentos como carinhos, respeito, dedicação e gratidão... Estes sentimentos são nitidamente retratados no filme Linha de Passe de Walter Salles no qual assim com Rita de Cássia o diretor tenta afasta-se de todos os pré-conceitos vinculados as famílias