O segundo sexo
SEGUNDO
SEXO
SIMONE DE BEAUVOIR
Entendendo o eterno feminino como um homólogo da alma negra, epítetos que representam o desejo da casta dominadora de manter em "seu lugar", isto é, no lugar de vassalagem que escolheu para eles, mulher e negro, Simone de
Beauvoir, despojada de qualquer preconceito, elaborou um dos mais lúcidos e interessantes estudos sobre a condição feminina. Para ela a opressão se expressa nos elogios às virtudes do bom negro, de alma inconsciente, infantil e alegre, do negro resignado, como na louvação da mulher realmente mulher, isto é, frívola, pueril, irresponsável, submetida ao homem. Todavia, não esquece Simone de Beauvoir que a mulher é escrava de sua própria situação: não tem passado, não tem história, nem religião própria. Um negro fanático pode desejar uma humanidade inteiramente negra, destruindo o resto com uma explosão atômica. Mas a mulher mesmo em sonho não pode exterminar os homens. O laço que a une a seus opressores não é comparável a nenhum outro. A divisão dos sexos é, com efeito, um dado biológico e não um momento da história humana.
Assim, à luz da moral existencialista, da luta pela liberdade individual, Simone de Beauvoir, em O Segundo Sexo, agora em 4.a edição no Brasil, considera os meios de um ser humano se realizar dentro da condição feminina. Revela os caminhos que lhe são abertos, a independência, a superação das circunstâncias que restringem a sua liberdade.
OBRAS DO MESMO AUTOR
L'invitêe
Tous les hommes sont mortels
Le sang des autres
Les mandarins
Les bouches mutiles
Pyrrhus et Cinéas
Pour une morale de l'ambigüité
L'Amérique au jour le jour
Privilèges
La longue marche
Le deuxième sexe:
I. Les faits et les mythes
II. L'expériense vécue
Mémoires d'une jeune filie rangée
La force de l'âge
La force des choses
Les belles images
La femme rompue
Une mort très douce
Djamila Boupacha (em colaboração com Gisèle HALAMI)
já traduzidas pela DIFUSÃO EUROPÉIA DO