o segundo sexo
O Segundo ponto refere à obra de Laura Mulvey, O Prazer Visual e o Cinema Narrativo, e discute também uma reflexão dos valores da obra, falando em principal do papel voyerista da figura feminina no cinema narrativo.
Por fim no ultimo ponto, Os Acusados, não só fazendo um pequeno resumo do filme e do seu paradoxo de valores, procura-se também estabelecer um confronto de idéias entre opiniões feministas e os valores da sociedade atual.
Trabalho realizado por Mafalda Aires, 6422; Constatar o autor: mafaldayres@gmail.com; Disciplina
Semestral de Cultura Visual II, do 1º Ano da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Desenvolvimento
1. Simone Beauvoir em O Segundo Sexo Vol.1 / Vol.2 “Se a função de fêmea não basta para definir a mulher, se nos recusamos também a explicá-la pelo 'eterno feminino' e se, no entanto, admitimos, ainda que provisoriamente, que há mulheres na Terra, teremos que formular a pergunta: o que é uma mulher?”
Segundo Simone Beauvoir, embora esta afirme que uma sociedade fragmentada entre homem e mulher não faria sentido, dada a necessidade do seu conjunto para a criação da própria sociedade no sentido em que a formação do casal é essencial na propagação do ser, afirma também que esta conexão e dependência entre sexos não vem assegurar a libertação da mulher.
Beauvoir acrescenta ainda que a mulher fosse desenvolvida por meio de um pensamento e cultura que a prepara discretamente para ser menos que o homem, um inferioridade que esta intrínseca em todos os padrões que limitam e manipulam o caminho do crescimento de uma mulher.
A mulher é escrava do homem na medida em que, majoritariamente em termos sociais, existe uma dependência da mulher pelo homem, sendo este o maior obstáculo no seu desenvolvimento individual tanto pessoal como na perseguição de uma definição própria e singular. Uma dependência constante na aprovação ou mesmo na crença de que o homem faz a regra, uma confiança no standard, não permite um avanço,