segundo sexo

“A relação dos dois sexos não é a das duas eletricidades, de dois polos. O Homem representa a um tempo, o positivo e o neutro, a ponto de dizermos “os homens” para designar os seres humanos.... A mulher aparece como o negativo, de modo que toda a determinação lhe é imputada como limitação, sem reciprocidade.”
Simone de Beauvoir em “O segundo sexo”[Le deuxième sèxe”](1949)
A seguinte citação esclarece-nos acerca de uma realidade transversal aos dias de hoje. Ainda designamos a raça humana, como “os homens”, apesar de ao longo da história, vários acontecimentos feministas (manifestações, marchas, até performances) terem feito profundas alterações do ponto de vista da mulher na sociedade.
Pretendo relacionar este conceito da “limitação” de ser mulher, com alguns acontecimentos bastante relevantes do século XX, século associado à vivência da autora Simone de Beauvoir. Tais como revoluções pelo mundo, mais concretamente na Europa e Estados Unidos, onde as mulheres ainda não tinham alguns direitos importantes, como o direito ao voto.
Acho importante existir esta contextualização com a cultura em que estamos inseridos, de modo a que possamos compreender melhor estes marcos históricos.
Um exemplo de um acontecimento feminista foi durante a segunda guerra mundial quando o governo americano fez um esforço consciente para incentivar as mulheres a preencher cargos de trabalho que foram previamente realizados por homens, utilizando os meios de comunicação para incitar o público. Pela primeira vez na história as mulheres foram chamadas a trabalhar em fábricas de fazer bombas e peças de aeronaves, lojas de construção e assim por diante. A mesa de “feminino” da Comissão de recursos humanos “guerra” tinha que trabalhar duro para combater a relutância inicial entre os empregadores a contratar mulheres. Nesta propaganda trabalharam 8 milhões de mulheres que se juntaram em força para vincar o ser papel na