Universidade administrada
A universidade em particular, sempre foi aquela idéia que vincula a educação à segurança nacional, ao desenvolvimento econômico e à integração nacional, dando respectivamente um papel ideológico, definição a forma, conteúdo, duração, quantidade e a qualidade, do primeiro grau à universidade.
Desvinculando educação e saber, a reforma da universidade não é produzir e transmitir a cultura, mas adestrar e fornecer os indivíduos a fim de que sejam produtivos para mão-de-obra. Por outro lado, com a subordinação da universidade ao Ministério do Planejamento, o mesmo, que ora é estimulada com investimentos, ora é desativada por cortes de verbas determinados exclusivamente pelo desempenho do capital. Subsequentemente a educação e cultura voltam a ser vinculadas, também passando a ser tomada como investimento e consumo.
Devido exigências maiores aos candidatos a empregos, não em decorrência de uma necessidade real, mas disponibilidade de diplomados. Assim, por bem ou por mal, a universidade está encarregada de um treinamento genérico e prévio que será completado e especializado pelas empresas. A universidade além de participar da divisão social do trabalho, que separa trabalho intelectual e manual, ainda realiza em seu próprio interior uma divisão do trabalho intelectual, isto é, dos serviços administrativos, das atividades docentes e da produção de pesquisas.
A fragmentação da universidade deliberada, ocorre em todos os níveis, tanto nos graus do ensino quanto nos da carreira, tanto nos cargos administrativos e docentes quanto nos de direção. Já a fragmentação do ensino e da pesquisa é lógica e imposta à cultura e ao trabalho pedagógico avaliado pelo rendimento e eficácia.
Submetendo a universidade à administração burocrática, de fato, os altos escalões administrativos dos ensinos públicos não diferem das particulares, a presença da tutela e vigilância estatais determinando a natureza do trabalho a ser executado.
Podemos, então,