Amor materno
Pr. Ronan Boechat de Amorim
O relato de 1 Reis 3:16-28 conta a história de duas mulheres que se dizem mãe de uma mesma criança recém-nascida que se apresentam perante o rei Salomão para que esse caso fosse julgado por ele.
Num primeiro momento é difícil saber quem é a mãe verdadeira da-quele bebê e quem é a outra cujo bebê havia morrido. Não há testemu-nhas. As duas desejam a criança e lutam para tê-la. Mas a verdade vêm à tona quando o rei Salomão, num golpe de mestre pra fazer a verdade aparecer, propõe dividir a criança ao meio com sua espada e dar um pe-daço a cada mulher.
“Isso mesmo! Que a criança não seja nem minha nem dela. Que seja dividida ao meio!” – disse uma das mulheres, permitindo que caia a más-cara do amor egoísta.
Ao mesmo tempo, diante da ameaça de morte da criança, o amor verdadeiro se revela como ele realmente é: generoso, solidário, abnega-do. “A criança não pode morrer. Nem que para isso eu tenha de dar meu filho para essa outra mulher. Eu quero que meu filho viva, mesmo que para isso eu tenha de perdê-lo e estar longe dele!” – disse a mãe.
O rei Salomão não teve dúvidas: “Entreguem o menino à mulher que defendeu a vida dele! Essa é a mãe verdadeira” – sentenciou Salomão.
O amor materno está sempre alerta e é sempre protetor. Está sempre aguçado (vivo, atilado, intenso) pelo filho(a) ou filhos. Ou seja, um amor que se comove e se solidariza. O amor de mãe, como o amor de Deus, é aquele amor em que a pessoa amada é muito, muito, muito mais impor-tante que o amor da gente.
Aquela mãe amava tanto aquele filho que fez a escolha de quem ama de verdade: ela não pensou em si além do que era conveniente (Rm 12:3) e nem no sofrimento que teria. Diante das circunstâncias, ela optou pela perda e sofrimento para que a criança vivesse. Diferente das mães descritas em 2 Rs 6:24-30 que tentaram alimentar-se dos próprios filhos para se manterem vivas.
A BÍBLIA CONTA UMA HISTÓRIA MUITO