Alimentaçao enteral
Sempre que a nutrição por via oral não seja possível, é fundamental repor os nutrientes recorrendo á alimentação artificial. A via enteral, por norma é sempre a mais indicada (desde que o tracto gastro-intestinal se encontre funcionante – ou pelo menos parte dele) por ser a mais fisiológica.
A alimentação enteral é portanto, uma alimentação líquida administrada por meio de uma sonda directamente no tracto intestinal. Esta é usada para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaborada para uso por sonda ou via oral, industrializados ou não, utilizado para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais visando a síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas.
As fórmulas entéricas podem ser classificadas em quatro tipos:
Fórmulas poliermicas, que incluem alimentos integros, á base de leite ou não, preparados por dietistas hospitalares, em casa do utente ou preparados comercialmente que são constituídos por fórmulas complexas de nutrientes. Para tal, o organismo tem que ser capaz de absorver estes nutrientes;
Fórmulas modulares, que são constituídas por um único nutriente (ex.: proteínas, glicose, lipidos ou polímeros) não sendo completas do ponto de vista nutricional. Normalmente estas fórmulas são adicionadas a outros alimentos para satisfazer necessidades especiais:
Fórmulas elementares dizem respeito a alimentos pré-digeridos de modo a que estes sejam mais facilmente absorvidos pelo organismo;
Fórmulas especializadas são especialmente criadas para satisfazer as necessidades nutricionais de acordo com a doença base (ex.:doença hepática, doença pulmonar ou HIV).
São várias as indicações para a nutrição enteral, nomeadamente casos de AVC, coma, disfagia grave por obstrução ou disfunção da orofaringe ou do esófago, anorexia nervosa, neoplasia do esófago,