Recomposição Institucional da Extensão Rural
INTRODUÇÃO A Renascença traz para o mundo a ciência, seus métodos de investigação e seu rompimento com a forma do conhecimento ligado à divindade suprema instala-se a busca do conhecimento com um homem autônomo e estabelece uma nova relação com a natureza: a separação e a dominação. A dominação da natureza proposta pela instituição da razão, da técnica e do método distanciou o homem da natureza transformando-a em mero objeto de sua manipulação, observação e exploração. A criação das organizações de pesquisa agrícola com o propósito de desenvolver o melhoramento genético de espécies para o aumento da produção não serviu à finalidade de “prover e auxiliar a vida”, mas sim de dominar a natureza, sobrepujar povos e desenvolver a acumulação do capital nos grandes centros mundiais. Tinham objetivos econômicos e comerciais, mais do que científicos propriamente. A Revolução Industrial estende-se à agricultura. A criação das estações experimentais na abordagem de Busch (1981) demonstra que a prioridade é produzir para alimentação e exportação, e não para acabar com a fome no mundo com vistas à preocupação prevista por Malthus. Seguindo a abordagem de Busch a Fundação Rockefeller começa, em 1941, a desenvolver no México o melhoramento genético de plantas, que associada ao uso de fertilizantes, pesticidas e a adequada irrigação inicia a promoção do aumento da produção agrícola. “A ideologia e pesquisa que forneceu o eixo para a Revolução Verde também serviu de modelo para a instalação dos centros internacionais de pesquisa”.
A criação dos centros internacionais de pesquisas agrícolas contou e ainda conta com o apoio de investimentos de organismos financiadores internacionais, como o Banco Mundial; assim como os investimentos de capital privado, por intermédio da Fundação Ford e a Fundação Rockefeller, como supracitado.
A necessidade da abordagem interdisciplinar em que cientistas sociais possam interagir com