Alberti

Era urgente uma versão portuguesa do De re aedificatória de Leon Alberti. Esta necessidade consolidou-se, deixando de lado a insegurança da irrelevância da tradução para a língua portuguesa. O texto de Alberti não se trata de um texto científico ou literário, mas requer uma subtileza de argumentos que não se reduzem a uma manipulação de recursos e figuras retoricas. Foi o primeiro livro teórico sobre o assunto escrito no Renascimento e em 1485 tornou-se o primeiro livro impresso sobre arquitectura. Foi seguido em 1486 com a primeira versão impressa de Vitrúvio.
O primeiro livro de arquitectura dos tempos modernos
Leon Battista Alberti, florentino, homem de engenho requintado, inteligência e saber, entre muitas outras obras notáveis que deixou para a posterioridade escreveu 10 livros.
Cristoforo Landino diz, “foi geómetra, arimétrico, astrónomo, (…) os nove livros de arquitectura que divinamente escreveu, repletos de conhecimento (…) mostram até que ponto estes saberes nele floresceram.” Não somente escreveu sobre pintura e escultura, como ainda as praticava.
Giorgio Vasari afirma que pode-se claramente apreciar em Alberti o facto de ter estudado língua latina e criado obras de arquitectura, deixou livros escritos de forma tal que é convicção geral que superou todos aqueles que o haviam excedido na prática.
Poliziano sugere que Alberti deu um contributo notável com ingenii elegantis, acerrimi iudici e exquisitissimaeque doctrinae.
Vassari diz que foi insuperável nos textos que escreveu sobre arquitectura, perspectiva e pintura.
Terão estas apreciações ter-se mantido ao longo da sua recepção?
Como interpretar este texto simultaneamente clássico e disciplinar, quando ele poderá ser acolhido por várias gerações de forma diferente?
Leituras endémicas em relação à obra de Alberti é o ponto de partida para a interpretação e exploração das implicações disciplinares. Através da prática reflexiva e comparativa a partir do tratado alarga-se e aprofunda-se o seu