Fernando Távora e Alberti
Mestrado integrado em Arquitectura d’ARQ- Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de
Coimbra
Ano Lectivo 2013/2014
LEON BATTISTA ALBERTI
&
FERNANDO TÁVORA
Análise comparativa dos pensamentos dos dois marcos da
História da Arquitectura
Soraia Piedade | 2011154833
“Quem não considera ser motivo de louvor o facto de ter edificado?” 1
Após a leitura da obra “De Re aedificatoria Libri Decem” de Alberti tradução feita pelo Professor Doutor Mário Krüger- e do estudo compilatório da teoria e obra de Fernando Távora, realizada por Anabela Diogo e Soraia
Piedade, que se intersectam para a criação desta análise, o objectivo do trabalho prende-se em compreender os pontos de concórdia ou discórdia que estes autores, com mais de 500 anos de diferença de nascimento, empregam nos seus tempos de vida. É claro que as teorias construtivas não são as mesmas, pois os instrumentos obtiveram grande evolução, mas será que a génese de pensamento é semelhante?
“A Arquitetura é considerada uma das artes (de fato um dos ofícios) mais antigas praticadas pela humanidade. A necessidade de nos proteger das intempéries obrigou a nossos antepassados hominídeos a começar a construir abrigos que com o andar do tempo, da técnica e dos costumes, se transformaram no que conhecemos como Arquitetura.” 2
E assim é, Alberti inicia o seu primeiro livro do tratado explicitando a necessidade da habitação e da protecção que cria ao habitante. Sem dúvida, a evolução da Casa é muito bem esclarecida, mostrando os focos principais da teoria da época em relação à mesma: “A edificação consta de seis partes, a saber: a região, a área, a compartimentação, a parede, a cobertura, a abertura”3. Em Távora, e seus arquitectos contemporâneos, sabemos que estas preocupações continuam a existir, mas como um todo, não dividido em ínfimas partes como se fazia na época de Alberti, com distinções entre “público e privado, utilíssima e extremamente