Vitruvio e alberti
RE AEDIFICATORIA
A história da arquitectura classicista, considerada uma das raízes da arquitectura actual, abrange cerca de quatro mil anos com povos de diferentes culturas. Alguns destes permaneceram tempo suficiente para se destacarem, tal como os etruscos e os gregos. O desenvolvimento que estes trouxeram a toda uma humanidade prende-se a diversos níveis como a filosofia, a ciência, a literatura e as artes. O reconhecimento dado até hoje a estas civilizações, tem sido notado pela quantidade de informação trabalhada e detalhada de historiadores que ao longo dos séculos foram estudando os legados deixados por elas.
Na arquitectura, um desses importantes legados são os tratados que chegaram aos nossos dias. Interpretar e conhecer o passado através do que foi fielmente escrito, continua a ser objecto de interesse no estudo da civilização que romana, que resumiu e evoluiu as suas culturas ancestrais. Estes tratados, que envolvem toda a teoria por detrás da prática da arquitectura antiga, são fundamentais para o entendimento de como esta funcionou em tempos tão remotos. Tenta-se através disto, recuperar valores históricos.
Os tratados publicados na época renascentista, fundem conhecimentos anteriores baseados igualmente em duas das grandes pérolas da arquitectura: o tratado de Vitruvio e o tratado de Alberti. Estes são a base de todo o conhecimento que se conseguiu sobre a arte antiga e da realização dos tratados publicados posteriormente.
Marcus Vitruvius e Leon Batista Alberti estruturaram os seus tratados, Architectura Libri Decem e Re Aedificatoria, respectivamente de acordo com as características fundamentais da arquitectura, Firmitas, Utilitas e Venustas (solidez, utilidade e beleza), apesar de diferirem entre si. Os tratados estão organizados em 10 volumes cada um e ambos foram escritos por dois arquitectos com o intuito de afirmar as regras que