aflatoxinas
As aflatoxinas foram descobertas na década de 1960, após desencadearem a morte de cerca de 100 mil perus no Reino Unido em função da até então desconhecida “Doença X”. Cuidadosas investigações revelaram que a doença estava ligada à ingestão de farelo de amendoim, contaminado por Aspergillus flavus, um fungo produtor de aflatoxina.5,25,51,68 Outras espécies de ocorrência frequente de Aspergillus conhecidas por produzir aflatoxinas são A. parasiticus e A. nomius.51 O nome aflatoxina deriva da primeira letra em Aspergillus, e as primeiras três letras em flavus.24
As aflatoxinas são compostos altamente oxigenados, heterocíclicos, com estrutura química muito semelhante.68 Atualmente, são conhecidos 17 compostos similares de aflatoxinas, porém as aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 são as de maior incidência em culturas agrícolas.27,69 A representação das estruturas estão ilustradas na Figura 4.51
Revisão da Literatura 16
(a) (b)
Aflatoxinas
Tipo de ligação (S/D)
R
Aflatoxinas
Tipo de ligação (S/D)
R
AFLA B1
Dupla
H
AFLA G1
Dupla
H
AFLA B2
Simples
H
AFLA G2
Simples
H
Figura 4. Estruturas químicas das Aflatoxinas: (a) AFLA B1 e B2; (b) AFLA G1 e G2.
(Fonte: Köppen et al., 2010)70
As aflatoxinas são bastante estáveis em muitos alimentos e são relativamente resistentes a degradação.27 Estas micotoxinas são contaminantes naturais de vários produtos agrícolas, tais como: nozes, amendoim, milho, trigo e outros alimentos derivados.17,29 São as substâncias de ocorrência natural com maior potencial carcinogênico,24,28,71 sendo que a AFLA B1 é a mais potente,71–74 seguida de AFLA G1, B2 e G2.27,75 São compostos altamente tóxicos, teratogênicos, mutagênicos e carcinogênicos.24,72–74 O grande efeito produzido pelas aflatoxinas é hepatotoxicose, mas também podem interferir no sistema