Aflatoxina Mar Lia 2
v. 24, n. 1, p. 61-64, jan./mar. 2013
ISSN 0103-4235
ISSN 2179-4448 on line
DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE AFLATOXINAS EM
AMOSTRAS DE GRÃOS DE AMENDOIM E DERIVADOS
COMERCIALIZADOS NA REGIÃO DE MARÍLIA – SP,
2002-2009
Rosângela Aguilar da SILVA*
Isabel Tacaco YAMAMOTO*
Luci Ochi FERREIRA*
Lilian Regina Macelloni MARQUES*
RESUMO: O objetivo do trabalho foi analisar retrospectivamente a ocorrência e a quantidade de aflatoxinas B1,
B2, G1 e G2 em amostras de grãos de amendoim e derivados coletadas em estabelecimentos comerciais da região de Marília, Estado de São Paulo, no período 2002-2009.
Entre as 75 amostras analisadas, 12 (16%) continham níveis detectáveis de aflatoxinas (≥ 2 μg/Kg) pelo método de cromatografia em camada delgada, sendo 4 amostras de amendoim e 8 amostras de paçoca. A aflatoxina do tipo B1 foi detectada em todas estas amostras isoladamente ou em combinação com os tipos B2, G1, e G2. Embora a frequência de detecção de aflatoxinas em amendoim e derivados no presente estudo tenha sido relativamente baixa, a continuidade e a otimização do controle de qualidade pela cadeia produtiva e das ações governamentais para avaliação da qualidade destes produtos são essenciais para evitar riscos à saúde do consumidor e prejuízos econômicos.
PALAVRAS-CHAVE: Aflatoxinas; amendoim; detecção; quantificação; cromatografia em camada delgada.
INTRODUÇÃO
As aflatoxinas são substâncias químicas de baixo peso molecular produzidas como metabólitos secundários durante o crescimento de fungos filamentosos. Estes fungos pertencem a algumas espécies do gênero Aspergillus e a produção de aflatoxinas varia tanto qualitativa como quantitativamente entre cepas de uma mesma espécie. Os quatro principais tipos de aflatoxinas são denominados
B1, B2, G1 e G2 com base na fluorescência emitida quando expostas à luz ultravioleta (“Blue” ou “Green”) e mobilidade relativa durante cromatografia de camada delgada. A contaminação de produtos