Afetividade e cognição
WALLON: AFETIVIDADE E COGNIÇÃO
Wallon (1989) atribui imensa importância à emoção e à afetividade, criando conceitos a partir do ato motor, da afetividade e da inteligência. As interações são um processo natural para o desenvolvimento e para a manifestação das emoções. Contudo,
Wallon (1979 apud GALVÃO, 2003, p.61) diferencia emoção de afetividade:
As emoções, assim como os sentimentos e os desejos, são manifestações da vida afetiva. Na linguagem comum costuma-se substituir emoção por afetividade, tratando os termos como sinônimos. Todavia, não o são. A afetividade é um conceito meio abrangente no qual se inserem várias manifestações. Para Wallon (1979 apud GALVÃO, 2003), o movimento é a base do pensamento e as emoções que dão origem à afetividade, sendo ela fundamental na constituição do sujeito. O autor dá o exemplo de um bebê que ainda não desenvolveu a linguagem e que utiliza seu corpo por meio de contorções, espasmos e outras manifestações emocionais, para mobilizar os adultos a sua volta através do afeto. De acordo com Galvão (2003, p.74), “pela capacidade de modelar o próprio corpo, a emoção permite a organização de um primeiro modo de consciência dos estados mentais e de uma primeira percepção das realidades externas.”
No caso dos adultos, Wallon (1979 apud GALVÃO, 2003) dá importância à subjetividade dos estados afetivos vividos por quem experimenta uma determinada emoção. Ou seja, na teoria walloniana, a vida emocional é uma condição para a existência das relações interpessoais e, para este teórico, as emoções fazem parte da vida intelectual, não separando o aspecto cognitivo do afetivo
A afetividade é parte de nossa vida psíquica e para estudar o ser humano temos que considerar a importância dos afetos. Muitas vezes programamos uma forma de agir e quando nos deparamos com a situação