Advogado
Noções centrais sobre sua filosofia. Chaves fundamentais.
Forma da escrita.
A obra de Nietzsche é muito diferente do ponto de vista formal. Todos os livros retratam todos os assuntos. Por isso, muito mais difícil de ser estudada. Ademais, importante ressaltar que Nietzsche não é cartesiano, filosofando por intermédio de aforismas, ou seja, frases curtas, parágrafos, e que vão sendo colocados um atrás do outro na surpresa. Isso se deve ao cerne de sua filosofia, uma vez que acredita que “aquilo que vem a consciência é uma espécie de subproduto – pequeno e insignificante – de toda psique”. A nossa psique é infinitamente maior às coisas que vem a nossa cabeça, como uma espécie de holofote ou farol, iluminando apenas uma região do pensamento. A consciência é um recorte casual da psique. Não é o “Eu”, porque o “Eu” é a consciência. A consciência não pode ser a agua iluminada e o “eu” ao mesmo tempo. Quem movimenta o farol ¿ Vontade de potência, sua energia vital. O que passa pela sua cabeça é resultado das suas oscilações de potência. Dessa forma, o eu consciente é resultado da iluminação do farol é inconsciente. Você não é senhor na sua própria casa. Por isso Nietzsche escreve conforme as coisas vem a sua cabeça. Justamente o contrário do que aprendemos a fazer, uma vez que somos cartesianos (começo, meio e fim). Sua filosofia é apenas o que vem a sua cabeça.
Existe uma ordem a ser seguida sob sua leitura: 1) O crepúsculo dos ídolos; 2) Além do bem e do mal; 3) Genealogia da moral; 4) Gaia e a ciência; 5) Assim falava Zaratustra (hermético).
CRÍTICA DO NIILISMO
Nietzsche utiliza este termo a todo momento. Ele utiliza este termo rigorosamente ao contrário do senso comum. Niilismo tem a ver com vazio, falta. Assim, comumente, niilismo é uma forma de conduzir a vida sem valores, sem ideais, sem valores superiores. O niilista conduz a vida desamarrada de princípios que transcendam a ela. Por exemplo: corrupção. Ser niilista, portanto, é aceitar a